quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Edgar Allan Poe

Em julho de 1841, uma jovem chamada Mary Rogers, de 21 anos, foi encontrada boiando no rio Hudson, em Nova York. As pistas indicavam que ela havia sido amarrada, violentada, estrangulada e depois jogada na água.

 Mary Rogers trabalhava numa tabacaria da Broadway e era cortejada por atores, jogadores e jornalistas. Um desses jornalistas era Edgar Allan Poe, editor do Evening Mirror e escritor de novelas góticas. Poe comprava cigarros na tabacaria desde 1838 e conhecia muito bem a moça bonita que cuidava dos charutos. Dezoito meses depois do crime, Edgar Allan Poe escreveu a novela O Mistério de Marie Roget, que tinha como base o Caso Mary Rogers, embora a ação fosse transferida para Paris, O detetive criado pelo autor, Auguste Dupin, um predecessor de Sherlock Holmes, investiga o crime e o atribui a um assassino solitário.

 As especulações de Dupin-Poe se aproximavam bastante das investigações verdadeiras, embora o escritor as desconhecesse quando escreveu o livro, Mais um caso no qual a mente criativa desvenda, sem querer, a realidade? Talvez.


 Há conspirólogos que pensam o contrário. Segundo eles, Poe conhecia os detalhes do crime porque ele era o assassino. Três dias antes do ocorrido, Mary Rogers foi vista próxima ao Hudson, com um homem alto, moreno, de aproximadamente 30 anos. Poe se encaixa perfeitamente na descrição, embora fosse baixinho e pálido. Mas isso não desanima os teóricos da conspiração. Segundo eles, a própria polícia de Nova York descobriu que o autor era o criminoso, mas resolveu arquivar o caso para não chocar o mundo literário. Como evidência, os conspirólogos apontam que Edgar Allan Poe gostava de encher a cara e era obcecado pela idéia da dualidade do ser humano. Ao morrer, em 1849, aos 40 anos, suas últimas palavras foram: “Deus ajude minha pobre alma!".

DELMART MICHAEL VREELAND

Em dezembro de 2000, o americano Delmar Michael Vreeland foi preso em Toronto, Canadá, por falsificar cartões de crédito. As autoridades canadenses contataram os americanos, que pediram a extradição imediata de Vreeland, acusado de crime semelhante nos Estados Unidos. Enquanto a Justiça dos dois países resolvia o que fazer, o tempo foi passando. Em outubro de 2001, quando a extradição parecia inevitável, Vreeland apareceu com uma história das mais interessantes.



Ele afirma que é um agente secreto da ONI (Office of Naval Intelligence), agência de espionagem da Marinha americana. Antes de ser preso no Canadá, ele estava numa missão secreta na Rússia. Em Moscou, Vreeland e um agente da Inteligência Canadense, Marc Bastien, teriam tido acesso a um dossiê secreto (elaborado pela CIA, roubado pela KGB e novamente surrupiado pela dupla) que descrevia um plano envolvendo o governo americano e os atentados da Al-Qaeda que aconteceriam um ano mais tarde, em 11 DE SETEMBRO DE 2001.


Esses documentos listavam vários alvos dos terroristas: a Sears Tower, em Chicago; o Pentágono, em Washington; o World Trade Center, em Nova York; o Royal Bank de Toronto. Também dizia que a CIA impediria a maioria dos atentados, mas permitiria que pelo menos um deles acontecesse, para justificar o posterior ataque ao Afeganistão. Como numa boa trama de John Le Carré, Vreeland percebeu que estava frito. Se ficasse na Rússia seria pego pela KGB, se voltasse para os EUA seria assassinado pelos conspiradores. Ele então voou para o Canadá e acabou em cana.


Tudo pode ser apenas lorota de um estelionatário bom de conversa, é claro. O próprio meio-irmão de Vreeland, Terry Weems, que vive na Flórida, afirma que ele sempre foi mitômano e obcecado por teorias conspiratórias. Mas alguns fatos parecem indicar que Vreeland talvez não seja apenas um pilantra imaginativo. O agente canadense Marc Bastien, que teria ficado em Moscou depois da partida do americano, voltou pra casa morto em dezembro de 2000. As autoridades russas afirmaram que ele havia morrido de causas naturais. Mas uma autópsia feita no Canadá revelou grande quantidade da droga clopazine, usada em pacientes esquizofrênicos, que pode causar a morte.


A revista inglesa Jack, de outubro de 2002, forneceu outras evidências que comprovariam a história de Vreeland:


1. Ele afirma que entrou na ONI porque seu avô e seu pai trabalharam na organização. É verdade: a agência foi fundada por Charles Vreeland, avô dele, que mereceu a honra de ter um destroyer batizado em sua homenagem, o USS Vreeland.


2. Ele também relata que passou um bilhete para o guarda da prisão canadense em agosto de 2001. Na nota, ele listava os alvos e a data dos ataques terroristas que aconteceriam no mês seguinte. O carcereiro confirma que recebeu o bilhete, mas não o leu. O papel está atualmente com o advogado de Vreeland.


3. Ele diz ainda que tem uma sala e um telefone no Pentágono, que confirmariam seu status de agente da ONI. A revista inglesa checou: existe mesmo um Delmart Michael Vreeland no Pentágono.


4. E, finalmente, ele explica que as diversas fraudes de que é acusado nos EUA são fruto do seu trabalho como agente secreto. Antes da missão na Rússia, ele teria se infiltrado num cartel de drogas em Los Angeles e precisou falsificar documentos, cartões de crédito, etc. O pedido de extradição é uma armadilha para matá-lo. O governo americano, por sua vez, admite que Vreeland trabalhou mesmo na ONI, mas só até 1986. Daí pra frente, é tudo mentira.


Resta, porém, uma questão: onde estão os tais documentos encontrados na Rússia, que comprovariam ou desmontariam a história de Vreeland? Ele afirma que estão guardados num local seguro, pois são a única garantia de que não será assassinado. Enquanto isso, o suposto agente secreto cumpre prisão semi-aberta no Canadá. O que não é nada mal, caso ele seja apenas um estelionatário.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cavaleiros de Malta




Com a conquista de Jerusalém pelos francos em 1099, duas ordens militares foram fundadas para proteger os peregrinos no caminho da Terra Santa. Uma delas foi a Ordem dos Cavaleiros TEMPLÁRIOS. A outra foi a Ordem dos Cavaleiros do Hospital de São João ou Ordem dos Hospitalários. Enquanto os Templários usavam como sede as ruínas do antigo Templo de Salomão, os Hospitalários se alojavam perto da Igreja do Santo Sepulcro. Na Cruzada Albigense (1209-1244), os Hospitalários se alinharam com o VATICANO contra os CÁTAROS, enquanto os Templários ficaram neutros ou apoiaram discretamente os hereges. Em 1314, a Ordem do Templo entrou em confronto com a Igreja e acabou condenada por heresia. Os Hospitalários herdaram várias propriedades da ordem rival e estreitaram ainda mais seus laços com o papado. Em 1530, o imperador Carlos V doou aos Hospitalários a ilha de Malta (que acabaria sendo tomada por Napoleão Bonaparte no século 18). Desde a doação, a organização passou a ser conhecida como Ordem dos Cavaleiros de Malta.
Vários notórios vilões da política mundial eram supostamente Cavaleiros de Malta: Reinhard Gehlen (chefe da Inteligência nazista e agente da CIA na Guerra Fria); Alexander Haig (o homem que definiu a política exterior americana nos governos Nixon e Reagan); Licio Gelli, Roberto Calvi e Michele Sindona (que se envolveram no escândalo do Banco do Vaticano nos anos 1980); William Casey (chefe da CIA durante o escândalo Irã-Contras) e Otto Von Hapsburgo (suposto descendente da DINASTIA MEROVÍNGIA), entre outros. A Ordem também é acusada de envolvimento no hipotético assassinato do Papa JOÃO PAULO I, em 1978. Segundo alguns conspirólogos, o verdadeiro objetivo da MAÇONARIA é combater a influência perniciosa dos Cavaleiros de Malta.